Você vê, né, cara, a vida é meio escrota (não, Augusto, seu discurso não vai me fazer parar de usar a palavra escroto em todas as minhas frases pelo menos duas vezes).
Sabe aqueles dias que nossa, velho, que dia legal. Pode não ter acontecido nada demais, mas você sente que foi um dia bacana. Aí, a "dádiva" do homo sapiens sapiens entra em ação. Puta que pariu.
Eu odeio pensar. Pensar me faz botar coisas na minha cabeça que não necessariamente são verdades, mas fazer total e pleno sentido pro meu subconsciente. Tipo a minha plena certeza de que ninguém gosta de mim. Não é "não gostar de mim" no sentido romântico da expressão (até porque não gostar de mim é um favor que você me (e se) faz), mas "não gostar de mim" no sentido... sei lá. Eu não faço a menor diferença na vida das pessoas.
Eu sou um poema parnasiano. As pessoas olham pra mim e o pensamento geral é sempre "caralho, pra que essa porra existe?". Basicamente.
E não é toda aquela histó(óóóóó)ria melodramá(áááááá)tica de "sou odiado por todos, as minhas inimigas estão sempre à espreita". Não. É não fazer diferença mesmo. Estando lá ou não, não muda em nada. Eu sou meio neurótica com isso.
Esse tipo de pensamento piora quando eu vejo umas paradas tipo "Fulano entrou na faculdade com 11 anos e aos 15 já tava no doutorado". Bate mesmo aquela onda de náusea e você se pergunta o que te impediu de entrar na faculdade aos 11. Caralho, galera, aos 11 eu não sabia nem fazer conta de arme e efetue direito. EU ERRAVA CONTA DE SOMAR. E me vem um filha da puta desse entrando na faculdade quando eu achava que faculdade era jogar chapéu pra cima. Olha, vá pra merda. (Eu não lembro o nome do cidadão, mas essa parada dos 11 anos aconteceu mesmo e quem me mostrou foi uma amiga minha) (Achei o nome do filha da puta. É Hugo Grotius. É esse que eu vou pegar 12:40 na Praça do Rink. Parafraseando a Rainha Pretinha, "vai eu, a tesoura e a navalha")
Eu vejo umas cabeças brilhantes na minha sala e me dá vergonha de me assumir como um ser pensante. Sério, lá tem um pessoal fora desse mundo. E tem... eu. Aquele troço lá que nunca vai fazer uma mudança significativa no mundo pelo simples fato de não ter capacidade pra isso. Mais uma vez, não é melodrama pra ficar gente em cima de mim falando "ai, nada a ver, você é isso e aquilo e bla bla bla" porque eu odeio isso. É uma parada que já tá aceita dentro da minha cabeça. As pessoas podem falar o que elas quiserem, eu não vou mudar de opinião. É tipo filme de terror. Eu não vou deixar de ter medo porque alguém disse que é tudo mentira. Porra.
E essa sensação de ser uma grande pedaço de nada não é só na área intelectual. É na vida mesmo. É olhar ao redor e perceber que você é estepe no círculo de amizades, por exemplo. Poucas pessoas vêm falar comigo
a) sem querer alguma coisa ou
b) tendo outras pessoas pra conversar.
Eu não sou primeira opção de ninguém. Eu sou aquele curso com 0,724 candidatos por vaga e nego só faz porque não passou em nada mesmo. Nada. Nada, tipo, nada. Nem a quarta opção do indivíduo conseguiu amparar a queda.
Mas é compreensível, se formos parar pra pensar bem. Eu que sou eu não sou minha amiga, por que diabos os outros seriam? Eu não seria minha amiga nem se eu não fosse eu mesma.
E assim segue a vida, gente. Os estepes são uma parte fundamental da vida, também. Pelo menos, eles estão sempre ali na mala do carro à sua disposição, enquanto você nunca sabe até que ponto se pode confiar no pneu que está em uso.
(PELO MENOS EU SOU CRIA DO MEU PROFESSOR DE FÍSICA. Damn, right????)
Sabe aqueles dias que nossa, velho, que dia legal. Pode não ter acontecido nada demais, mas você sente que foi um dia bacana. Aí, a "dádiva" do homo sapiens sapiens entra em ação. Puta que pariu.
Eu odeio pensar. Pensar me faz botar coisas na minha cabeça que não necessariamente são verdades, mas fazer total e pleno sentido pro meu subconsciente. Tipo a minha plena certeza de que ninguém gosta de mim. Não é "não gostar de mim" no sentido romântico da expressão (até porque não gostar de mim é um favor que você me (e se) faz), mas "não gostar de mim" no sentido... sei lá. Eu não faço a menor diferença na vida das pessoas.
Eu sou um poema parnasiano. As pessoas olham pra mim e o pensamento geral é sempre "caralho, pra que essa porra existe?". Basicamente.
E não é toda aquela histó(óóóóó)ria melodramá(áááááá)tica de "sou odiado por todos, as minhas inimigas estão sempre à espreita". Não. É não fazer diferença mesmo. Estando lá ou não, não muda em nada. Eu sou meio neurótica com isso.
Esse tipo de pensamento piora quando eu vejo umas paradas tipo "Fulano entrou na faculdade com 11 anos e aos 15 já tava no doutorado". Bate mesmo aquela onda de náusea e você se pergunta o que te impediu de entrar na faculdade aos 11. Caralho, galera, aos 11 eu não sabia nem fazer conta de arme e efetue direito. EU ERRAVA CONTA DE SOMAR. E me vem um filha da puta desse entrando na faculdade quando eu achava que faculdade era jogar chapéu pra cima. Olha, vá pra merda. (Eu não lembro o nome do cidadão, mas essa parada dos 11 anos aconteceu mesmo e quem me mostrou foi uma amiga minha) (Achei o nome do filha da puta. É Hugo Grotius. É esse que eu vou pegar 12:40 na Praça do Rink. Parafraseando a Rainha Pretinha, "vai eu, a tesoura e a navalha")
Eu vejo umas cabeças brilhantes na minha sala e me dá vergonha de me assumir como um ser pensante. Sério, lá tem um pessoal fora desse mundo. E tem... eu. Aquele troço lá que nunca vai fazer uma mudança significativa no mundo pelo simples fato de não ter capacidade pra isso. Mais uma vez, não é melodrama pra ficar gente em cima de mim falando "ai, nada a ver, você é isso e aquilo e bla bla bla" porque eu odeio isso. É uma parada que já tá aceita dentro da minha cabeça. As pessoas podem falar o que elas quiserem, eu não vou mudar de opinião. É tipo filme de terror. Eu não vou deixar de ter medo porque alguém disse que é tudo mentira. Porra.
E essa sensação de ser uma grande pedaço de nada não é só na área intelectual. É na vida mesmo. É olhar ao redor e perceber que você é estepe no círculo de amizades, por exemplo. Poucas pessoas vêm falar comigo
a) sem querer alguma coisa ou
b) tendo outras pessoas pra conversar.
Eu não sou primeira opção de ninguém. Eu sou aquele curso com 0,724 candidatos por vaga e nego só faz porque não passou em nada mesmo. Nada. Nada, tipo, nada. Nem a quarta opção do indivíduo conseguiu amparar a queda.
Mas é compreensível, se formos parar pra pensar bem. Eu que sou eu não sou minha amiga, por que diabos os outros seriam? Eu não seria minha amiga nem se eu não fosse eu mesma.
E assim segue a vida, gente. Os estepes são uma parte fundamental da vida, também. Pelo menos, eles estão sempre ali na mala do carro à sua disposição, enquanto você nunca sabe até que ponto se pode confiar no pneu que está em uso.
(PELO MENOS EU SOU CRIA DO MEU PROFESSOR DE FÍSICA. Damn, right????)