quinta-feira, 24 de julho de 2014

Sobre lembretes pra mim mesma

O mundo não é legal. As pessoas não estão esperando a primeira oportunidade que elas encontrarem pra te dar um milhão de reais. E não, não é paranoia da sua mãe que tá passando pra você pelo ar.

Mas não são todos que estão por aí pra puxar o teu tapete. Ainda existem pessoas boas. Ache-as. E confie nelas de olhos fechados.

Entregue-se às pessoas, aos momentos, às sensações, nem que seja de vez em quando. Duas vezes por semana tá bom. É que toda essa coisa de se fechar pra vida, ser toda racionalzona com tudo e essas tentativas incessantes de não se deixar abater por tudo tá te deixando meio dormente. Aliás, essa pose toda não combina com você CHORANDO PORQUE O CENÁRIO DE THE HOBBIT É LINDO. Só te lembrando que isso aconteceu.

Coma os seus vegetais.

Não deixe ninguém te chamar de estúpida (isso inclui você mesma) ou fazer você acreditar nisso.

Cante. Alto. Muito alto. E se alguém vier reclamar, joga uma high note na cara deles (a menos que sejam seus pais, eles pagam suas contas).

Continue sem beber café. Você tá ótima sem café. (repita esse mantra a cada 10 minutos e talvez ele se torne verdade)

Imponha-se. Seja levada a sério. Faça a sua palavra valer alguma coisa. Enfie o seu "não" na garganta das pessoas até ele ser considerado uma resposta.

Ouça música. Qualquer música. E não aceite esse papinho de "boa música" de forma alguma. Se esses pseudo-entendedor-de-música-ouvinte-de-The-Beatles-e-Legião-Urbana vierem falar merda, taca K-pop na cara deles e é isso aí. Quem escolhe o que é "boa música" ou não são os seus ouvidos. Se você gostar, é ótima. Se não, não é. Pronto. Acabou.

Leia livros. Muitos deles. Caguei se é clássico ou """""""literatura de mercado""""""", o negócio é ler. E literatura de mercado é o meu ovo. Se eu quiser me entreter lendo (momentos de tensão) Nicholas Sparks ("ooooh" horrorizado da platéia) eu vou ler, não tem essa. Eu não quero questionar a minha existência a cada livro que leio, muito obrigada.

Nunca se esqueça que as pessoas mudam. As pessoas mudam, Marcela. O tempo inteiro. Aquele não foi um caso isolado. E a mudança não é algo necessariamente ruim. Mas também pode ser que seja, que vocês, antes tão bem encaixados, soltem umas faíscas depois. Mas o principal é, não importa se vocês são amigos há quinhentos anos ou uma semana, se te fizer mal é hora de abandonar o barco. Não precisa ter medo de se afastar, o outro com certeza tem muitos outros amigos pra superar a sua partida. E quanto a você...

Bem, você sempre vai ter a você mesma.


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