segunda-feira, 28 de abril de 2014

Sobre paradas legais e outras não tão legais assim

Meu plano pra hoje, depois de um mês de pura (mais ou menos) dedicação aos estudos (mais reclamando do que de fato estudando), era escrever sobre uma parada legal.

Aí eu lembrei que não consigo falar sobre paradas legais, interessante, relevantes pras pessoas. Geralmente o que eu faço é reclamar, galera. Não tem jeito.

Mas falando em reclamar, acho que não estou em posição de fazer isso agora. Pra ser sincera, nunca estive, mas fingia estar porque eu precisava pensar que tinha um motivo pra falar merda pra não me sentir ainda pior. Tá, isso fez zero sentido. Mas mesmo assim.

Antes de ir direto ao ponto, uma divagação: acho que as sucessivas crises que eu tive durante os últimos meses (????) foram meio que transformando a Marcela Otimista Raio De Sol 24 Horas Por Dia em Marcela Realista Sol Com Algumas Nuvens Pancadas De Chuva À Tarde E À Noite. E isso é uma merda. Eu gostava de ser otimista, de achar um lado positivo em qualquer problema, nem que seja "olha, pelo menos você não tem câncer". Vamos ser sinceros, a possibilidade da pessoa sofrer de algum câncer nessa vida é muito grande.

Mas enfim, o fato é que parece que as lentes cor-de-rosa que cobriam os meus olhos estão caindo cada vez mais rápido e com elas cai também a perspectiva de um futuro bacana. Sei lá, acho que é o peso dos meus já-quase-batendo-na-minha-porta 18 anos que está me puxando pr'O Mundo Adulto. Só que perguntar se eu quero ir, que é bom, nada, né?

Parece que a cada dia que passa é um passo que eu dou pra trás, não pra frente. As coisas sempre parecem estar sempre mais e mais longe de mim. E, cara, isso não tá servindo de motivação, não. Eu estou cansada.

Mas ao mesmo tempo que estou cansada, pensar na vidinha medíocre que provavelmente me espera me assusta. De duas coisas tenho certeza: minha cadeirinha ao lado do Satanás tá guardada (só com as heresias que disse em 17 anos de vida, eu já reservei meu lugar no quentinho) e eu não quero contar pra ele pela eternidade como era legal ter uma rotina babaca, num trabalho babaca, rodeada de gente babaca sendo babaca. Não, gente. Não. Sat não me esperou esse tempo todo pra isso, fala sério.

Legal que eu disse no início do texto que "não tenho motivos pra reclamar", mas olha o que fiz durante ele todo. Desculpa, reclamar é mais forte que a minha vontade de ser uma pessoa menos reclamona. Não ligo.

Apesar de tudo isso, as coisas parecem melhorar num lado da história. O meu ambiente escolar, agora que eu mudei de sala, melhorou em 400%, sério. Só de já não entrar mais em sala e lamentar não ter trago o fuzil que nunca tive já fez, ó, uma diferença absurda.

E ainda temos o Music Bank que vai ter em junho (EU VOU VER MINHAS CRIANÇAS, SAIAM DA MINHA FRENTE), o que significa que, além de ver as minhas crianças (MINHAS CRIANÇAS!!!), eu vou também ver a Nemo, depois de três anos de amizade via internet. O que estou sentindo transcende a felicidade.

Mas.

Mas.

Maaaaaaaaaaaaaaaas.

Aí entra o lado desconfiado/realista/babaca de Marcela. Sabe aquela sensação de "tá tudo muito bom pra ser verdade"? Então.

Sou adepta daquele conceito de vida e felicidade do Schopenhauer que Giovana (<3) nos apresentou um dia. A sua existência é uma linha de sofrimento com alguns intervalos onde acontecem coisas legais. Eu to no Intervalo Das Coisas Legais agora, mas a minha cabeça tá buscando quando ele vai acabar. Entende?

Eu aguardo o próximo bloco de sofrimento como quem tem malária espera a próxima febre. E todos nós sabemos que a espera é a pior parte.

OBS: AYOOOOOOOOO FOI MAL.

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